ATRATIVO

Butiazal

Saindo da área desértica do Areal, na direção norte, estrada de chão, anda-se 6 Km até atingir o arroio Quatepe, passando este são mais 2 Km até chegar ao Butiazal.
Denomina-se Butiazal a área limitada pelos arroios Quatepe e Salsal, e que possui aproximadamente 25 Km de extensão, onde vivem pequenos produtores rurais. No Butiazal as propriedades tem em média 2 a 3 hectares de extensão, também se registra nessa área a existência de ?sítios?, cuja extensão não ultrapassa a 1 hectare.
O maior estabelecimento dessa área denomina-se Salamanca, tem aproximadamente 5 quadras e meia de sesmarias. Está situado num local privilegiado do Butiazal, circundado pelas elevações cobertas de mato nativo e na planície fica a gramínea.
Na direção leste, saindo da casa sede do estabelecimento Salamanca, numa caminhada de 45 minutos, penetra-se num mato nativo. Aí se fazem presente a Anacauita, Ararueira, Branquilho, Camboatá, Canela Preta, Canela Amarela, Corticeira, Coronilha, Curupi, Guabijú, Mamica de Cadela, Molho, Pitanga, Talla e Unha de Gato, que vivem num solo úmido graças a presença de um sangradouro, cujas nascentes estão num morro ao sul e correm entre pedras cobertas de musgos.
Este mato nativo abrange mais de 12 hectares e conta, também, com laranjeiras e bergamoteiras, ali nascidas a um tempo não superior a dez anos. Saindo do mato encontra-se uma faixa lisa e plana de campo com 500 m de comprimento por 10 m de largura, onde uma grande pedra levemente arredondada destaca-se o local.
A ação corrosiva começa a desprender a cama superior da referida pedra, o que comprova que ela está ali a muitos e muitos séculos. Lenda e mistério envolvem o aparecimento dos butiás, que nesta área atingem 15 Km em linha reta.
Dá-se o nome de butiá a várias espécies de palmeiras. Nesta área constatamos a Cocos jatahy que é dotada de drupas comestíveis, de amêndoas oleaginosas, de folhas que prestam a trabalhos trançados e de frutos cuja polpa fornece álcool potável pela fermentação; o butiá-açu ou Cocos pulposa dotada de flores em espádice e frutos drupáceos alaranjados e comestíveis; e o butiá-verdadeiro ou Cocos eriospatha de frutos drupáceos com o qual se pode fazer bebida vinosa.
Os butiás estão esparramados pelas encostas das elevações e os mais antigos, de tronco liso, portanto com mais de 150 anos de existência, aliam-se em linha reta no topo das elevações, sendo perfeitamente visíveis desde o arroio Quatepe.
O primitivo nome deste o arroio era Caatepe e significa valor ou preço da erva.O butiá é planta exótica nesta região, mas aqui proliferou de forma exuberante, antes de ser esta área ocupada pela criação. No momento presente, vive-se o perigo da extinção destas palmeiras, pois as sementes e as mudas novas são comidas pelo gado. O mistério do butiazal consiste em saber quem e porque veio a ser plantado nesta área?
Diz a lenda que os ?homens de preto? no caso tratava-se dos jesuítas, plantaram estas palmeiras para assinalar o local. Dizem os antigos que foram os ?birivas?, homens que viam da Serra trazendo erva-mate e fumo e em troca levavam daqui mulas e gado. Outra via de acesso ao Butizal é pela estrada que leva ao Passo da Guarda. Saindo da cidade de Quarai, após o trevo são 20 Km na direção norte e dobra-se à direito a, passando pelo Pólo Educacional Sepé-Tiarajú são mais 15 Km na estrada do Salsal.

Fonte: http://www.5rcmec.eb.mil.br/index.php/a-guarnicao/15-pontos-turisticos

BR-293, Quaraí - RS, Brasil

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